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SEGUNDA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2018
Nanotecnologia não sai de moda e ganha cada vez mais força. Claro que já houve um momento no mercado cosmético em que aparentemente os olhos estavam todos voltados a ela, quando era ‘líder de audiência’, estrela principal de grande parte dos estandes nas feiras de negócios do setor. Há quem diga, entretanto, que ela está apenas começando. O fato é que está presente, viva e pronta para ajudar as empresas a buscarem mais inovações em prol da beleza e cuidados pessoais.
Gustavo Cadurim de Oliveira é sócio proprietário da Lipid, empresa de Ribeirão Preto (SP), representante da alemã Lipoid Kosmetik. Além de todo o portfólio que a empresa oferece nesse mercado, o seu braço empreendedor mostra que a nanotecnologia tem espaço para evoluir. Tanto que o empresário está à frente de um novo empreendimento neste segmento, que deve iniciar suas operações em 2019.
O novo negócio será uma spin off da Lipid, que estará focada no desenvolvimento e na produção de produtos para a indústria da saúde – farmacêutica, cosmética e alimentícia –, utilizando a nanotecnologia como pilar principal. “Estamos trabalhando neste projeto há mais de oito anos e estamos certos que esta nova empresa poderá alavancar a produção nacional de produtos de base nanotecnológica”, diz.
O empreendedor acrescenta que a empresa vai trabalhar com diferentes sistemas de encapsulamento de ativos, utilizando apenas ingredientes naturais. Um diferencial desse projeto, Oliveira conta, será uma produção contínua, permitindo “um grande volume diário de produção, desafio importante em nanotecnologia”.
Como destaque, a nova empresa terá a produção de uma base dermatológica feita apenas com matérias-primas livres de emulsificantes e conservantes. “O diferencial de nossa tecnologia é que usamos apenas produtos naturais em nossas formulações, em um processo com alto valor tecnológico e totalmente sustentável. A principal classe de matérias-primas que usamos para formular é altamente segura, utilizada em formulações farmacêuticas injetáveis”, afirma.
Bom para fabricante – A nova empresa trará benefícios para os fabricantes do setor cosmético, conta Oliveira. O empresário diz que com a tecnologia que vai usar, a nova empresa produzirá itens bastante concentrados, devido ao tamanho nanométrico de sua base. “Com isso, os fabricantes poderão diluir nosso produto e facilmente produzir cremes e loções de uma forma muito simples e rápida, agregando nanotecnologia em sua linha”, explica o executivo. “Como resultado final, temos um produto inovador, de alta performance, com menor concentração de ingredientes, mais barato e muito sustentável”, afirma.
A nova empresa já prevê diversos lançamentos para o seu ano de estreia no mercado. Serão produtos para variados tipos de aplicações cosméticas, em skin care e hair care. Uma das novidades será uma linha de bases cosméticas feita apenas com ingredientes naturais, livre de emulsificantes, conservantes, álcoois. “Essa base possui uma estrutura lamelar, similar à estrutura de proteção da pele. Trata-se de um produto biomimético, altamente seguro, produzido com alta tecnologia, inédita na américa latina. Além de reparar o dano de barreira da pele, esta linha de bases permite fácil incorporação de ativos e possui um sensorial fantástico”, conta Oliveira.
Alcance internacional – Outra empresa que atua com destaque no ramo da nanotecnologia é a Nanovetores, brasileira com base em Florianópolis (SC) e atuação internacional. O portfólio da empresa possui mais de 60 produtos que são destinados para uso facial, corporal e capilar atendendo aos mais diversos claims. Suas exportações chegam aos cinco continentes.
“A nanotecnologia presente em várias marcas no Brasil e nos 26 países para os quais exportamos foi desenvolvida e produzida por nossa empresa, que tem levado tecnologia nacional para o mundo”, diz dra. Betina Giehl Zanetti Ramos, vice-presidente e diretora técnica da empresa.
O grande diferencial do negócio, a empresária destaca, é que os seus encapsulados são feitos com materiais biocompatíveis e biodegradáveis, produzidos num processo sustentável, limpo e sem uso de linha de bases cosméticas feita apenas com ingredientes naturais, livre de emulsificantes, conservantes, álcoois. “Essa base possui uma estrutura lamelar, similar à estrutura de proteção da pele. Trata-se de um produto biomimético, altamente seguro, produzido com alta tecnologia, inédita na américa latina. Além de reparar o dano de barreira da pele, esta linha de bases permite fácil incorporação de ativos e possui um sensorial fantástico”, conta Oliveira.
Alcance internacional – Outra empresa que atua com destaque no ramo da nanotecnologia é a Nanovetores, brasileira com base em Florianópolis (SC) e atuação internacional. O portfólio da empresa possui mais de 60 produtos que são destinados para uso facial, corporal e capilar atendendo aos mais diversos claims. Suas exportações chegam aos cinco continentes.
“A nanotecnologia presente em várias marcas no Brasil e nos 26 países para os quais exportamos foi desenvolvida e produzida por nossa empresa, que tem levado tecnologia nacional para o mundo”, diz dra. Betina Giehl Zanetti Ramos, vice-presidente e diretora técnica da empresa.
O grande diferencial do negócio, a empresária destaca, é que os seus encapsulados são feitos com materiais biocompatíveis e biodegradáveis, produzidos num processo sustentável, limpo e sem uso de solventes orgânicos. “Altamente performáticos e inteligentes, os nanovetores liberam os ativos encapsulados mediante a gatilhos específicos, o que torna o seu desempenho incrivelmente superior”, afirma.
Na opinião da dra. Betina, a nanotecnologia é considerada uma nova revolução industrial, seus benefícios têm transformado produtos nas mais diversas áreas. “Eu diria que a fase boa da nanotecnologia está apenas começando, sobretudo quando se fala em cosméticos. Podemos comparar os nanocosméticos aos smartphones, depois que você experimenta este novo produto, você simplesmente não aceita mais voltar a versões obsoletas”, afirma.
A expert no assunto explica que os nanovetores entregam multifuncionalidade, resultados comprovados em menor tempo, praticidade, ou seja, exigências do consumidor contemporâneo. As soluções são voltadas às mais diversas aplicabilidades, tanto para cuidados com a pele quanto para cabelos.
Para a pele, a empresa trabalha com vitaminas, como as vitaminas C, A e retinol, blend de óleos essenciais, promovendo proteção dos ativos e evitando a sua oxidação. “Os nanovetores quando aplicados em pele conseguem permear até a junção derme epiderme fazendo uma entrega efetiva dos ativos no seu local de ação”, explica dra. Betina.
Para os cabelos, ela ressalta que o grande diferencial é a substantividade dos nanovetores aos fios, com liberação dos ativos encapsulados de forma mais efetiva e duradoura. “Quando a proposta de ação é o couro cabeludo, o aumento de permeação torna o produto mais efetivo”, diz.
Unha, cabelo e pele – A Croda também atua no ramo da nanotecnologia e oferece diferentes produtos e novidades. Como a entrada dos ativos nanotecnológicos da Inventiva para o grupo. São quatro tecnologias que foram agregadas ao portfólio e permitem que ativos hidro e lipofílicos sejam incorporados em bases hidro e lipofílicas, segundo explica Renata Raffin, gerente de pesquisa e tecnologia da Croda. Em tecnologias de encapsulamento da linha Inventiva, a empresa afirma que trabalha apenas com produtos biodegradáveis.
Para unhas, o destaque é o NailHero, um ativo em nanopartículas lipofílicas que aumenta a força e diminui a descamação. Seu grande diferencial, segundo Renata, é a sua possibilidade de incorporação em esmaltes, permitindo seu uso em bases transparentes, mas também em produtos com cor ou pigmentos de efeito, sem interferir na durabilidade, brilho e cor do esmalte.
Na área capilar, o destaque da empresa fica por conta do NanoResist, ativo que contém queratina em nanopartículas e é capaz de reduzir em quase 90% a queda por quebra dos fios. Em relação aos cuidados com a pele, segundo a gerente, o NanoVit C é o ativo nano com vitamina C encapsulada de maior teor de vitamina, altamente estável e com ação clareadora da pele clinicamente comprovada.
Todos ganham – Para os fabricantes, os ativos da linha Inventiva são líquidos de viscosidade similar à da água, não requerem armazenamento especial nem agitação antes do uso. Além do mais, Renata afirma, são de fácil incorporação em bases, cuja única limitação é a temperatura máxima de 45°C para adição, podendo ser usada qualquer tipo de agitação.
Para os consumidores, ela diz que todo trabalho do time de pesquisa e desenvolvimento é trazer a eles as vantagens da nanotecnologia. “As principais inovações e lançamentos mais recentes da linha apresentam resultados de testes clínicos e de avaliação por parte dos voluntários do teste, de maneira a confirmar a eficácia do ativo e, com isso, poder oferecer aos consumidores produtos com diferencial perceptível e com alto nível de aceitação”, diz.
Consolidado – A Chemyunion é outra empresa brasileira, de atuação internacional, que oferece soluções de nanotecnologia. A gerente de inovação Lilian Mussi ressalta dois produtos consolidados no mercado, o Activespheres Vit C PMg e o Seriseal, que foram frutos de um projeto de investimento na área de nanotecnologia que se iniciou em 2006, a partir de uma chamada da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação – para subvenção de projetos em nanotecnologia.
“A Chemyunion ficou entre as 10 empresas contempladas. Na época, o Activespheres Vit C PMg visava atender a um gap no mercado brasileiro referente a Vitamina C, e derivados, com alta performance e alta estabilidade. O Seriseal era um produto focado para a área de cabelo, que aliava as características da sericina, uma proteína até então não utilizada pela indústria cosmética, aos benefícios da nanotecnologia para adesão de componentes aos fios do cabelo.
Futuro – Já para os próximos anos, a Chemyunion tem em vista o investimento no desenvolvimento de três novas matérias-primas fundamentadas em nanotecnologia. Uma para o mercado de filtros solares e duas para o mercado de ativos antienvelhecimento. “O emprego de nanotecnologia em matérias-primas busca principalmente a melhoria de performance e eficácia do ativo, seja ela em termos de melhoria de permeação e delivery ou habilidade de dispersar a luz, ou estabilidade do ativo-alvo, de suas características de solubilidade na formulação cosméticas ou mesmo de suas características residuais, etc.”, diz Lilian.
Ela explica que no caso do filtro solar, produto cujo desenvolvimento encontra-se em etapa mais avançada, o diferencial está na capacidade de proteção UV sem o consequente aspecto branco da pele, ‘efeito palhaço’, fenômeno comum na quase totalidade de produtos disponíveis no mercado, além de um sensorial mais agradável na aplicação. “Ambos atributos são possíveis devido à tecnologia de encapsulação dos filtros que permite agregação controlada e inteligente das estruturas”, conta.
Verde – Nanotecnologia verde também é um termo que pode ganhar cada vez mais relevância. Quem já atua sob essa ótica é a Bandeirante Brazmo, por meio da argentina Nanovec, empresa com mais de 30 anos de experiência no segmento de nanotecnologia, segundo conta Fabricia Souza, coordenadora de marketing e especialidades da Bandeirante. “A empresa é pioneira em nanotecnologia verde, produtos 100% naturais com certificação Ecocert Cosmos”, afirma.
O mais recente lançamento foi a linha Ecolip. “São lipossomas com sistemas de transporte naturais de alta performance, a partir de fosfolipídios purificados de lecitina de soja, que transportam ativos cuidadosamente selecionados”, completa Fabricia. Segundo ela, com essa linha, a empresa atende às necessidades de um mercado em ascensão, para formulações que exigem ativos específicos para produtos orgânicos, veganos e ecológicos, com certificação Ecocert Cosmos.
Fabricia explica ainda que os lipossomas produzidos pela Nanovec são formados por uma ou mais camadas de fosfolipídios dispostos em forma concêntrica, que encapsulam entre si fases aquosas. Devido às suas propriedades físico-químicas, possuem a capacidade de transportar moléculas hidrofílicas em seu interior e hidrofóbicas em sua membrana lipídica. “Em cosmética, a veiculação de substâncias lipossomadas potencializa, melhora e facilita sua permeação através do extrato córneo. Os resultados que se obtém em regiões da pele (periocular e perioral) são particularmente surpreendentes por sua magnitude e rapidez.”
Já para a linha capilar, a especialista recomenda os Lipcuat’s, “pois eles se aderem fortemente a superfície do cabelo, resistindo ao enxágue e penetram profundamente nos poros e fissuras da estrutura capilar, onde liberam os ativos”. Fabricia diz que isso é possível por terem carga positiva e de alta aderência a fibra capilar.
Nanovec também possui ativos nanotecnológicos em pó, para maquiagem e pó descolorante.
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